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Wilson Lima e a teoria do nada


Por Raimundo de Holanda

15/07/2020 21h04 — em
Bastidores da Política


  • O problema de Wilson Lima é a teoria do nada, ou da “bronca” não resolvida, que o anulou. E o nada, na química ou na física pode ser alguma coisa, empurrada por reações de partículas invisíveis, mas em política o nada é nada. É a antítese do existir.

Depois de ganhar a totalidade dos membros da comissão do impeachment e comemorar como se todos os  problemas legais que ameaçam seu mandato tivessem finalmente terminado, cabe perguntar ao governador Wilson Lima se aprendeu alguma coisa nos últimos dias? Que política, por exemplo,  não  é um espaço vazio.  Ela se move por gravidade,  se constrói  por interesses - os mesmo interesses que foram condicionantes para a formação da comissão que,  em tese, vai inocentá-lo da acusação, fundamentada, de que seu governo não tratou a pandemia de coronavírus com responsabilidade, agilidade e eficiência.

A resposta é não, porque os movimentos do governador nas horas que antecederam a formação da comissão foi no sentido de ceder, de compartilhar poder, de contemplar grupos de interesse.

Embora a política mova-se por gravidade, vale o princípio da conservação de massa: “na natureza  nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”.

O problema de Wilson Lima é a teoria do nada, ou da “bronca” não resolvida, que o anulou. E o nada, na química ou na física pode ser alguma coisa, empurrada por reações de partículas invisíveis, mas em política o nada é nada. É a antítese do existir.

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ASSUNTOS: Aleam, Amazonas, governador wilson lima, impeachment, Operação Sangria, Policia Federal

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.