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A guerra pela Zona Franca de Manaus


Por Raimundo de Holanda

31/01/2020 22h19 — em
Bastidores da Política


  • O superintendente da Suframa é “um soldado”; recebe ordens, bate continência e pronto.
  • Chamar os economistas de ignorantes não nos dará forças para vencer a batalha. Eles são técnicos e costumam avaliar relatórios.

Não é hora de ‘guerrear’ contra o governo ou contra os seus membros. A Zona Franca está sendo acossada por mudanças estruturais no país. E não nos preparamos para este momento.

Há muito os amazonenses perderam o comando político da Suframa e agora ficou mais difícil: o comando é militarizado. O superintendente é “um soldado”; recebe ordens, bate continência e pronto.

Chamar os economistas de ignorantes não nos dará forças para vencer a batalha. Eles são técnicos e costumam avaliar relatórios. Eles não são daqui e não terão interesse em ajudar.

Os ‘amigos’ deles são empresários, banqueiros e políticos do Centro-Sul.

A floresta derrubada, na opinião deles,  renderá trilhões de dólares. O agronegócio, muitos bilhões. Os minerais também. Essa é a visão: a mata esconde um ‘grande garimpo’.

Aos amazonenses resta reconciliar o capital intelectual técnico com os recursos políticos e ‘fechar questão’ em torno de uma mudança gradual, que não mexa abruptamente no modelo - porque, como já dissemos neste mesmo espaço - é o que temos. Bem ou mal é o que temos. Resta agora  assumir metas e cumpri-las.

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ASSUNTOS: Bolsonaro, famazôinia, paulo guedes, zona franca de manaus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.