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Caso Neymar: quando a lei se perde em uma ‘rede de mentiras' que anestesia o país


Por Raimundo de Holanda

07/06/2019 22h52 — em
Bastidores da Política



Cria-se leis para proteger a mulher de abusos, mas esse direito se torna cada vez mais abusivo, provocando uma guerra de sexos. O medo criou o transgênero e pode degradar a espécie.

O Brasil vive um momento de insegurança jurídica inquietante e perigoso, onde os poderes constituídos se tornaram reféns das redes sociais. Pessoas são julgadas e as leis aplicadas de acordo com a tendência dos internautas. Promotores e juízes têm e punição como objetivo.

O legislativo e o judiciário agem como se os conflitos sociais se resolvessem com novas leis ou o endurecimento das já existentes. E o objetivo é punir e levar à prisão, não ressocializar.

O fato é que o recrudescimento das punições pelo Judiciário transforma as prisões brasileiras em verdadeiros campos de concentração. O nazismo tão criticado está vivo nos presídios.

Cria-se leis para proteger a mulher de abusos, mas esse direito se torna cada vez mais abusivo, provocando uma guerra de sexos. O medo criou o transgênero e pode degradar a espécie.

Exemplo vivo desse caldeirão de conflitos que transborda nas redes sociais, é o caso Neymar, onde a legalidade acaba se perdendo numa ‘rede de mentiras’, que anestesia o país.

Falta aos gestores dos poderes a compreensão de que a principal regra de convivência é o respeito de um ao direito do outro. E isso envolve a ressocialização da família, da escola e das pessoas.

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ASSUNTOS: estupro, lei maria da penha, najila trindade, neymar

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.