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Urologista alerta para consequências emocionais da incontinência urinária

Por Portal Do Holanda

05/12/2018 10h23 — em
Saúde e Bem-estar


Foto: Reprodução

Mais do que um problema físico, a perda incontrolável de urina, ou incontinência urinária, também pode apresentar graves consequências emocionais. É uma condição considerada como um sinal e um sintoma, e que leva à perda da autoestima, vergonha e até ao isolamento social, devendo ser investigada e tratada o mais breve possível, alerta o urologista Anoar Samad.

Membro da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Samad explica que a perda do controle urinário é uma condição que afeta milhões de pessoas, sendo mais comum entre as mulheres, mas não é normal em nenhuma idade, devendo sempre ser investigada e tratada corretamente.

De acordo com ele, 30% das mulheres com 50 anos e 35% das mulheres após a menopausa sofrem de incontinência urinária ao fazer algum esforço e 40% das mulheres gestantes vão apresentar um ou mais episódios de incontinência urinária durante a gestação ou logo após o parto. “Entre os homens, cerca de 5% dos submetidos à cirurgia para retirada da próstata também podem apresentar o problema”, afirmou.

Tipos mais comuns

Entre os tipos de incontinência urinária, Samad destaca os mais comuns: de esforço, de urgência e mista (um mix dos dois). O primeiro, como o nome já diz, é quando ocorre perda de urina ao esforço (tosse, riso e espirro). O segundo tipo, ocorre quando a pessoa tem uma vontade muito grande de urinar, ocasionando a ida imediata ao banheiro. “Nesse caso, principalmente, as mulheres começam a andar de fraldas, absorventes, evitam eventos sociais, porque precisam ir o tempo todo ao banheiro, ficam com vergonha e acabam se isolando”, ressaltou.

Segundo o especialista, a doença pode prejudicar o dia a dia das pessoas, fazendo com que elas evitem as atividades físicas e até mesmo o ato sexual. Em alguns casos, a pessoa com incontinência urinária precisa levantar várias vezes à noite para ir ao banheiro e chega até a molhar a cama. “Isso acaba ocasionando um problema social e de higiene”.

A incontinência urinária pode ser temporária devido a infecções urinárias e/ou ginecológicas, prisão de ventre, medicamentos, diabetes mal controladas, entre outros. Já as condições persistentes podem ser por AVC (derrame), doença de Parkinson, retenção urinária, diminuição do tamanho da bexiga, entre outros.

“O primeiro passo para se chegar a um diagnóstico exato da causa da incontinência urinária é a realização de uma história e um exame físico bem feitos. Caso estes deixem dúvidas, lança-se mão de exames complementares, de laboratório, ultrassom ou raio x e estudo urodinâmico”, afirmou.

Tratamento

O tratamento da incontinência urinária depende da causa de base, sendo que mais de 30% destas melhoram com orientações e medicamentos. No restante, o tratamento é cirúrgico, mas existem várias técnicas eficientes e que se ajustam às diferentes situações.

Ainda de acordo com Samad, a incontinência urinária, apesar de não parecer, é uma condição extremamente degradante para quem a possui, não devendo jamais ser considerada uma consequência natural da idade. “Nestas situações, procure um urologista, pois ele estará apto a diagnosticá-la e, por conseguinte, tratá-la adequadamente”.


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O Portal do Holanda foi fundado em 14 de novembro de 2005. Primeiramente com uma coluna, que levou o nome de seu fundador, o jornalista Raimundo de Holanda. Depois passou para Blog do Holanda e por último Portal do Holanda. Foi um dos primeiros sítios de internet no Estado do Amazonas. É auditado pelo IVC e ComScore.

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