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Comprar celular usado exige atenção redobrada

Por Agência O Globo

18/11/2018 3h21 — em
Brasil



RIO - Os novos iPhones chegaram ao mercado brasileiro com preços que assustam até mesmo os mais abastados: o modelo básico custa R$ 7.299, o mais avançado pode chegar a R$ 9.999. Na concorrente Samsung, o panorama não é muito diferente. O topo de linha Galaxy Note 9 sai por R$ 5.499. Para quem aprecia aparelhos poderosos, mas não pode arcar com os custos, o mercado de usados surge como opção. No entanto, é preciso tomar alguns cuidados para evitar arrependimentos e não correr o risco de acabar com o celular bloqueado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que tem tirado do ar aparelhos considerados irregulares.

Nota fiscal e Imei

O método mais fácil e seguro para comprar aparelhos de segunda mão é procurar uma revendedora especializada em recondicionados, que realizam todos os testes e reparos necessários antes da revenda. Elas oferecem descontos que podem chegar a 50% do valor de um celular novo, dependendo do estado, com garantia. Mas existem ofertas, ainda mais atraentes, em marketplaces (área em sites de grandes varejistas nas quais são vendidos produtos distribuídos por outras empresas) ou na compra direta de conhecidos.

Para esses casos, especialistas dizem que o primeiro passo é checar a situação legal do aparelho. A recomendação é que o consumidor exija a a nota fiscal de compra e cheque a situação do Imei, sigla em inglês para Identidade Internacional de Equipamento Móvel. A verificação serve tanto para saber se o aparelho foi homologado para uso no país, quanto para se certificar de que ele não está na lista de celulares roubados.

A Anatel mantém uma lista de Imeis de celulares roubados ou perdidos e não permite a ativação desses aparelhos em uma nova linha. Além disso, a agência está bloqueando aparelhos que não estejam certificados, os piratas, não habilitados para a rede de telecomunicações nacional.

— É como o chassi de um carro. Antes de comprar qualquer aparelho, nós checamos essa lista — explica Guille Freire, diretor executivo da Trocafone.

Além disso, é preciso, com o aparelho na mão, observá-lo minunciosamente, pois circulam no Brasil muitas cópias piratas, com a carcaça parecida, mas os componentes falsos. Conferido a originalidade, deve-se avaliar, ainda, o estado geral do produto, como arranhões, amassados, rachaduras na tela e, principalmente, a funcionalidade.

Os especialistas recomendam que se teste o funcionamento do touch screen, a conexão Wi-Fi e de rede e ainda plugar o aparelho na tomada para ver se está carregando. O ritmo de consumo da bateria também deve ser considerado. Se a carga cair muito rapidamente, é melhor não fechar o negócio.

— A bateria é um componente central do aparelho. Nas revendas especializadas, temos uma máquina que mede o seu estado. Se for comprar de um conhecido, o ideal seria levar o aparelho para uma assistência técnica, para que um profissional o avaliasse — diz Helena Alves, gerente de Marketing Digital para América Latina da MyWit.

Atualizações do sistema

Na hora de escolher o modelo, é preciso ter em mente que aparelhos muito antigos não recebem mais atualizações de sistema e, por isso, podem não ser compatíveis com novas versões de aplicativos. Na Apple, por exemplo, o atual iOS 12 pode ser instalado em modelos lançados a partir do iPhone 5S. No Android, cada fabricante de celular mantém uma política de atualização.

— A escolha do modelo não é uma matemática cartesiana, leva em conta o valor que se deseja investir e as suas necessidades. Além disso, nos aparelhos muito antigos, provavelmente a bateria não estará em boas condições, a não ser que tenha sido trocada — alerta Ricardo Montalvan, da Recomércio.


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