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Tempos amargos


Por Raimundo de Holanda

29/03/2020 18h58 — em
Bastidores da Política



O estrago provocado pela Covid-19 já é evidente, não apenas no número de infectados no Amazonas, que até este domingo estava em 140, com uma morte, mas também na retração da atividade econômica. Menos produção, menos comércio funcionando menor a receita para custeio e investimentos. As demissões,  que explodem  na iniciativa privada, com empresas sufocadas pela paralisia da economia, vão chegar rapidamente ao setor público.

Parece inevitável o corte de pessoal, principalmente os comissionados, e uma revisão do dispositivo constitucional que instituiu a estabilidade para servidores concursados - um item delicado, que para ser modificado precisa de emenda à Constituição,  mas  que interessa neste momento a União, aos Estados e Municípios.

Tempos amargos estes, com um vilão a contrariar nossas convicções, a quebrar nossa resistência em defesa de direitos que sempre consideramos inegociáveis.

TCE ACOMPANHARÁ GASTOS

Apesar da retração econômica,  Estado  e Município terão passe livre para gastar, especialmente na área da saúde. Com um histórico de corrupção nessa área, que vem de muitos governos, o presidente do TCE Amazonas, Mário Melo, criou um grupo de trabalho para fiscalizar recursos que serão aplicados nesse período de emergência.

 

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ASSUNTOS: Amazonas, COVID-19, OMS, pandemia, São Paulo, Coronavírus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.