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O que mata no coronavírus é o medo que sentimos


Por Raimundo de Holanda

14/03/2020 20h09 — em
Bastidores da Política



O medo está se espalhando mais rápido e forte que o vírus. Escolas estão com aulas suspensas. As salas de cinema ficam cada vez mais vazias. Os shows são cancelados. Aviões já não podem mais cruzar os céus livremente. Navios são proibidos de atracar nos portos.

Um homem tira sua máscara respiratória, lambe os dedos e os esfrega no corrimão de uma escada rolante: é imediatamente preso. Estamos em estado de pânico.

Não é o roteiro de um filme de terror. É a realidade do mundo neste ano final de década. O Apocalipse começa a ficar mais presente e visível no cotidiano do mundo. E já apavora pessoas e governos.

O vírus traz revelações do passado. Com a ascensão da extrema direita no mundo os governos ficam mais autoritários. É hora de união mundial, mas os países se isolam.

O inimigo é invisível e pode estar em qualquer hospedeiro. E todo ser humano se torna potencial inimigo. Talvez seja a hora de dominar o medo. Semear o pânico só piora.

A verdade é a melhor arma. O vírus influenza da gripe, por exemplo,  atinge 1 bilhão de pessoas/ano em todos os países. Causa de 290 a 650 mil mortes. Mata entre 795 e 1,78 mil por dia. e parece que o esquecemos.

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ASSUNTOS: aulas suspensas, Bolsonaro, COVID-19, pandemia, Coronavírus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.