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O jogo sujo da direita na era Bolsonaro


Por Raimundo de Holanda

16/03/2019 18h38 — em
Bastidores da Política



As reações dos grupos de direita à chacina de Suzano  expõem a mudança no discurso político antiverdade, estabelecendo comparações relativistas para exorcizar de si a culpa.

Parece difícil de entender, mas o rosto dessa verdade relativa está nos textos que inundam as redes sociais, onde agredir e “jogar a culpa no outro” vale como um certificado de inocência.

Agora o que conta mais não é a realidade dos fatos. O que conta cada vez mais é a realidade da adesão ao que se diz ou se desdiz sobre os fatos macabros. 

STF ACERTOU,MAS ESTÁ DIVIDIDO

O STF acertou ao reconhecer que cabe a justiça eleitoral julgar os casos de caixa dois identificados durante as eleições. O placar de 6 a 5 é que foi estranho. Se metade  do Supremo observasse a letra da lei e não o que diz gente como os filhos de Bolsonaro, que criticam a Corte abertamente,  o resultado seria 11 a zero.

O Supremo é o guardião da Constituição.  Seus ministros não podem se submeter ao desejo de  poderosos grupos de interesse que se voltaram para  as redes sociais porque viram ali, espertamente, instrumentos de manipulação da verdade. O povo que é povo não fala nos twitters nem fecebooks. O povo que é povo apenas espera um Supremo unido, menos dividido e menos indeciso em questões vitais para a normalidade política e econômica do país.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.