Não tem crise na saúde.Tem desleixo e caos. E a bronca é com ele
Os hospitais de Manaus têm 250 pacientes com cirurgias marcadas na fila de espera, que podem ter seus prazos vencidos por falta de organização da Susam; outros 1.100 pacientes esperam para ser ‘descolostomizados’; crianças passam até seis meses dentro das maternidades por falta de Centros Cirúrgicos para patologias congênitas. Esta é a situação da saúde pública no Amazonas, segundo o presidente do Sindicato dos Médicos, Mário Vianna, que fez ao desabafo na última semana da tribuna da Assembleia Legislativa.
Vianna liderou uma comitiva de servidores estaduais que estão reivindicando o cumprimento dos índices de reajustes aprovados no ano passado, referentes às datas-bases dos servidores. ”. E agora, com quem é a bronca ? É de quem disse que saberia resolvê-la, mas se encontra tão ausente que não se sabe quem afinal governa o Estado do Amazonas.
A VELHA ZFM
A Zona Franca está novamente em risco, com as reformas do governo Bolsonaro? Sim. Mas o ‘risco zona franca’ sempre foi alto, em todos os momentos destes 52 anos de existência do modelo. O estudo da FGV sobre esse novo risco é apenas a repetição de muitos outros antes.
O estudo do professor Holland divulgado na sexta-feira relata os mesmos problemas de outros momentos de crise, que resultaram em perdas substanciais, mas aos quais a ZFM sobreviveu.
E cresceu, tornando o Amazonas uma das principais economias do país. Isso, mesmo que ainda não tenhamos enxergado o real ‘entrave’ que nos causa a questão da logística amazônica.
Nenhum modelo de desenvolvimento poderá sobreviver sem um projeto de logística eficiente. É um grande fator de competitividade. E a ZFM disputa competitividade com incentivos fiscais.
Não construímos esse projeto e não temos perspectiva de o realizarmos em breve. E o pior é que ‘batemos cabeça’ com o modal mais caro da logística para longas distâncias: o rodoviário.
ASSUNTOS: Amazonas, greve, médicos, professores, saúde, wilson lima
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.