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Governo x Prefeitura, uma briga inútil, que só prejudica Manaus


Por Raimundo de Holanda

30/08/2018 21h33 — em
Bastidores da Política



O embargo de obras de recapeamento das ruas de Manaus,  que vem  sendo executadas pelo  governo do Estado,   por mais que, como diz a prefeitura, sobrepostas as contratadas pelo município,  é uma disputa  não de poder, nem de espaço politico, mas um lamentável  distanciamento do poder público do cidadão, para quem não importa quem tapa o buraco ou asfalta uma rua, mas se a obra  é  necessária e urgente.

 O argumento da Procuradoria do Município, de que  faltou planejamento do governo do Estado e que provavelmente não vem respeitando o código de postura da cidade, é falho -  porque ignora o óbvio: a prefeitura de Manaus não dispõe de recursos para tocar obras de infraestrutura, na medida que se deseja. Se não pode fazer, impedir que outros o façam é simples capricho, que prejudica a cidade e seus cidadãos.

 REIS  SOB PRESSÃO

A tática usada pelo deputado oposicionista Sabá Reis (PR) de atacar o governo da tribuna e depois fugir do plenário foi duramente criticada ontem pelos deputados Vicente Lopes (PV) e Adjuto Afonso (P|DT).

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“A postura dele não é uniforme em quatro anos e é isso que os maus políticos fazem, é o discurso da conveniência reclamando do nascer do Sol e reclamando também do Sol quando desaparece no horizonte, trazendo a escuridão”, desabafou Lopes.

INSTITUTO SUSPEITO

Dirigido por um irmão do deputado estadual Platiny Soares (PSB), o Instituto Japiim teve suas atividades suspensas por ordem do juiz da 20ª Vara Cível e de Acidentes do Trabalho, Roberto Hermidas de Aragão Filho, atendendo pedido do MP-AM.

NÃO A ALCKMIN

Embora o seu partido, PR, apoie o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), à Presidência da República, o deputado federal Alfredo Nascimento não pedirá votos para Alckmin no Amazonas. Mas, também não diz quem será o seu ungido, apesar de elogiar Ciro Gomes (PDT) e distinguir Jair Bolsonaro (PSL) por defender a ZFM.

LIMINAR QUE ENGESSA

Uma batalha judicial vai continuar a engessar o município de Santa Isabel do Rio Negro, onde o prefeito Araildo Mendes do Nascimento (PTB), o ‘Careca’, graças a liminar concedida pelo desembargador Sabino da Silva Marques, seguirá no comando do Executivo local.

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O presidente da Câmara, vereador Regis Góes (MDB), diz que recorrerá da liminar para que a casa proceda a cassação de “Careca”.

DIREITO DE RESPEITO

"Holanda, com o objetivo de melhor informar os seus leitores, vale esclarecer que nem o Melo , Edilene e nenhum dos ex-secretários se encontram ou se encontravam em prisão domiciliar

A prisão preventiva deles foram revogadas em abril deste ano, o que houve foi a inclusão de cautelares por parte da juíza local que não estava em consonância com o que foi decidido no TRF

Advogados de defesa"

FUNDO PENITENCIÁRIO

O governador Amazonino Mendes (PDT) regulamentou o Fundo Penitenciário do Estado do Amazonas (Fupeam). A alteração aprovada em lei passa a administração do fundo à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), que será feita através de um junta de administração e controle. O Decreto que regula o Funpeam foi publicado no Diário Oficial do Estado. 

MP DE OLHO NA  UNISOL

Devido a constatação de que a Fundação de Apoio Institucional Rio Solimões (Unisol), entidade de apoio à Universidade Federal do Amazonas (Ufam), está em situação irregular, o Ministério Público do Amazonas resolveu recomendar a todas as entidades públicas e privadas do Estado que não celebrem contratos, parcerias, ou qualquer outra forma de negociação com ela.

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A recomendação foi assinada pelo promotora de Justiça Kátia Maria de Oliveira e tem validade até que se reverta a situação da Fundação, de acordo com o aviso publicado no Diário Eletrônico do MPAM de quinta-feira (30).

UNISOL CONDENADA PELO TC

A Fundação de Apoio Institucional Rio Solimões (Unisol) teve as contas julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU) juntamente com Almir Liberato da Silva, Luiz Irapuan Pinheiro e José de Castro Correia pela não comprovação de despesas em convênios firmados com a Fundação Universidade do Amazonas (Ufam).

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A Unisol junto com Almir Liberato da Silva foram condenados à devolução de R$ 14,6 milhões aos cofres da Ufam, por valores repassados em convênios dos anos de 2009 a 2014. 

OUTROS CONDENADOS

A condenação ainda se estende a Luiz Irapuan Pinheiro, que junto da Unisol terão de devolver R$ 921 mil; e José de Castro Correia junto com a Unisol terão de devolver à Ufam R$ 793,2 mil. O TCU ainda aplicou multas individuais de R$ 100 mil à Unisol, de R$ 90 mil a Almir Liberato da Silva, R$ 10 mil a Luiz Irapuã Pinheiro e de R$ 3 mil a José de Castro Correia, que serão recolhidos ao cofres do Tesouro Nacional. A decisão dos ministros do TCU foi publicada no Diário Oficial da União no último dia 18 deste mês.

 

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.