Foi preciso o coronavírus se propagar no país  para o Brasil ‘acordar’ da hipnose do falso mito no governo. A volta dos panelaços indica a percepção pela sociedade que o Brasil não tem um líder à altura para  conduzir a nação em  momentos de crise como o  vivido agora.

E talvez seja o começo de um movimento que pode voltar às ruas. Desafiando inclusive o próprio coronavírus.

Bolsonaro, que tem aparecido de máscara, vive uma contradição . Ao tempo em que admite que há um ambiente de contágio e risco iminente, prega a tranquilidade, como se fosse possível diante de um quadro assustador e um horizonte como um  “Monte Everest” de doentes, preconizado pelo seu ministro da Saúde.

A incoerência quase irracional do presidente Bolsonaro é a causa de uma crescente reação da sociedade contra seu governo.

Parafraseando o ministro da Saúde, está se formando também um Monte Everest de reações contra o presidente. O pior contágio, para Bolsonaro, é quando essa insatisfação começa a atingir seus seguidores  que sempre o viram como um mito, idéia que agora, lenta mas progressivamente se desfaz no imaginário de quem votou nele.

SEM ESCUTA PARALELA E BRONZE

Informação de que o empresário  Alessandro Bronze foi gravado em suposta atuação não republicana e divulgada  por um site local, não procede. Uma fonte do governo também negou para a coluna que qualquer serviço paralelo de escuta esteja em andamento.

Bronze também não trocou Manaus por Brasilia. A coluna apurou que ele retornará na segunda, depois de visitar familiares.  No governo, ficou uma interrogação sobre os reais objetivos da “noticia”.