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Bolsonaro se olha no espelho e vê Trump


Por Raimundo de Holanda

12/11/2018 21h52 — em
Bastidores da Política



Jair Bolsonaro quer imitar  Donald Trump até no confronto com a imprensa. Não percebe que vive em um País diferente dos EUA e que Trump é arrogante, mas não ditador. Que nos EUA o presidente se apoia em um partido forte, o Republicano, que forma a maioria no Senado. Portanto, seus atos, embora criticados, se sustentam num dos pilares da democracia americana - o Legislativo, que em certa medida referenda seus atos.

Bolsonaro acha que pode governar sem o Congresso. Ainda não disseram para ele que isso é impossível. Nem disseram que eventual apoio militar ao seu governo pode levar o País ao  fundo do poço.  Nem assumiu e já assusta.  

Seus ministros fingem que convergem em tudo - de Onyx Lorenzoni  a Paulo Gudes, De August Heleno a Sérgio Moro. E se os futuros ministros parecem não  se entender, Bolsonaro claramente não concorda com eles. Mas dá corda para Sérgio Moro se enforcar nas crenças em um País melhor, com menos corrupção e mais justiça social, mais igualdade, mais respeito às minorias.

 Será que Moro acredita que terá espaço para ajudar a construir um País melhor ao lado de Bolsonaro? Ainda tem tempo de  dar-se conta que não. Que o Brasil precisa dele onde se encontra atualmente. E que ainda tem tempo de sair da armadilha na qual entrou de boa fé.

 IDEIAS AVANÇADAS

As sessões itinerantes que já marcaram as atividades da Assembleia Legislativa no passado, vieram à tona com o anúncio de candidatura à presidência do deputado Dermilson Chagas. As ideias dele são tão avançadas que uma delas fala em uso de ‘aplicativo móvel’ para celular.

DAVID SEMPRE DAVID

Decidido a deixar bem clara a ‘diferença’ entre ele e Amazonino, o presidente David Almeida não dará ponto facultativo nas datas imprensadas entre os feriados de quinta e de terça. O detalhe é que na sexta e na segunda os deputados ‘folgam’ mesmo sem o ponto facultativo.

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ASSUNTOS: Bllsonaro, direita-esquerda, trump

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.