Bolsonaro e Amazonino têm projetos comuns para o combate à violência
Amazonino deixa o governo em 1o de janeiro com a semente plantada e copiada. Será lembrado pelo seu espírito visionário e empreendedor.
A violência nos centros urbanos, especialmente Manaus, está associada à guerra entre facções criminosas que se alimentam da “importação” e venda de drogas. As áreas consideradas vermelhas se espalham pela cidade. Já são pelo menos 2 mil pontos de vendas catalogados pela policia. Mas se um ponto é fechado outros cinco aparecem. Como combater a venda no varejo se o produto entra em grande quantidade no estado, que perdeu o controle de suas fronteiras?
O governador Amazonino Mendes teve a iniciativa de buscar apoio na experiência americana com
Rudolph Giulian, e foi duramente criticado. Agora o gesto do governador é copiado pelo principal interlocutor do presidente eleito, Jair Bolsonaro, o filho Eduardo Bolsonaro, nos EUA. Giulian vem para o Brasil não apenas como contratado pelo governador Amazonino Mendes, mas como convidado do governo Bolsonaro, que vê no ex-prefeito de Nova York, segundo Eduardo Bolsonaro “um exemplo para Brasil”.
E agora? O que dizer do gesto de Amazonino? Que foi ousado ou que estava errado ? Ou que Bolsonaro erra ao mirar seu programa de tolerância zero no combate ao crime na experiência de Giulian em Nova York?
Tudo tem seu tempo. E o tempo mostra que o que mais perdemos foi tempo e que Amazonino deixa o governo em 1o de janeiro com a semente plantada e copiada. Será lembrado pelo seu espírito visionário e empreendedor.
ISENÇÃO ILEGAL
Os 20 deputados presentes à votação do projeto de lei de Dermilson Chagas, que concede isenção de ICMS para a compra de motos por mototaxistas e motoboys, foram alertados pela colega Alessandra Campêlo. “É prerrogativa do Executivo”. Mas todos votaram e aprovaram.
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Luiz Castro deu até recado de Wilson Lima. Se cair, depois de ele assumir o governo irá reenviar à Assembleia. Aí porém, como é matéria tributária, só irá vigorar para 2020.
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.