O governador Wilson Lima tem pela frente um grande desafio: ajustar as contas do Estado e  dar um direcionamento ao seu governo. Mostrar que o novo, vendido em campanha como alternativa de poder foi uma proposta factível,  baseada em uma visão de futuro, sem atrelamento a interesses senão os de natureza pública.   Há  tempo ainda de assumir essa postura - que os eleitores esperam e cobram dele.

Culpar seu antecessor por vícios que afinal foram alimentados durante os seis meses de governo, não é a postura de quem pretende  construir - como foi proposto em campanha - um Estado forte, aberto aos órgãos de controle, transparente  em seus atos e competente em suas ações.

Com a oposição ferrenha de David Almeida e seu grupo na Assembleia Legislativa, Amazonino Mendes  teve de ‘engolir’ reajustes e parcelamentos de datas base não pagas por outros governos. Teve seus pecados, mas culpá-lo pela situação de penúria  do  atual governo é não perceber  que ela é fruto de um certo desmonte da máquina, o que reduziu substancialmente a capacidade arrecadadora do Estado.

Apesar da boa intenção do governador Wilson, ao renovar alguns gestores de órgãos importantes, a engrenagem foi  comprometida, pela falta de experiência,  especialmente na Secretaria de Fazenda, onde falta  gestão e sobram problemas.

Mas a aposta ainda é que Wilson acabe surpreendendo  e  se tornando o líder vendido em campanha e que acabou sendo o produto “levado para casa”pelos eleitores.